"Dedicar-se a um jardim requer disciplina, cuidado, paciência, persistência e amor... com a mente também". É assim que começa uma coluna publicada no Prana Yoga Journal (Edição Jun/10, pg. 41), escrita por Goura Nataraj. De acordo com o colunista, ambas as práticas nos colocam em contato com diferentes estados de consciência, uma vez que propõem um desaceleramento da mente e exigem uma capacidade de foco e abstração. Assim como a jardinagem, a meditação pode ocorrer em qualquer lugar, mesmo nos centros urbanos, em uma casa ou um apartamento. Basta vontade. Desde a antiguidade o jardim é considerado um local de aprendizado e desenvolvimento do espírito. Implica em um reconhecimento prático da dependência da lógica humana à lógica do universo. O cultivo de um jardim aproxima o ser humano dos ritmos na natureza e das leis imutáveis dos cosmos. Nesta perspectiva, dedicar-se a um jardim pode significar uma mudança no padrão de nossos pensamentos e percepções, com o potencial de libertar a mente da ansiedade e do medo, principalmente para as criancas dos grandes centros urbanos, colocando-as em contato com as coisas mais simples e importantes da vida - os ciclos da lua, o calor do sol, o sabor dos alimentos, o vôo dos pássaros, a vida e a morte. O conceito de jardinagem libertária aborda uma forma de tentar romper o ciclo de alienação ao qual somos submetidos e propõe a retomada dos espaços públicos para a criação de territórios livres, de espaços de convivência, hortas comunitárias e reflorestamento do ecossistema da cidade através do plantio de árvores nativas. Podemos começar cultivando alguns vasos, abrindo canteiros, cantando mantras, espalhando sementes e observando a cidade com um olhar mais atento. Com criatividade e ousadia, os jardins e a meditação ficam ainda mais belos.
Para mais acesse: eee.jardinagemlibertaria.wordpress.com
se alguém se interessar, meu blog: http://cozinhafp.blogspot.com/
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